sábado, outubro 30

Daria tudo o que sei em troca de metade do que ignoro.

Falei. Disse que não acreditava, e não acredito. Estúpidez, é o que acho desta porcaria toda!! Um acidente de carro? MORTE ESTÚPIDA! Não posso crer que te perdemos... Fizeste tudo direito. Eras das pessoas mais bondosas que conhecia. Conhecia pouco, ainda. Mas já conhecia o suficiente. Conhecia o suficiente para saber que a missão pela qual vieste à Terra foi cumprida. Nem todos tinham coragem, inteligência, amor e carinho como tu. Aquelas crianças que ajudaste em África rezarão por ti. E serás feliz na tua estrelinha. E vais brilhar cada noite mais, eu sei. Porque conhecendo o pouco que conheço de ti, Marisa, sei que estarás aqui para nós.
Só quero dizer que agora vejo a morte como uma forma de vida. Por incrivel que pareça, se eu sei que continuas viva, é porque depois de morreres, deixaste o teu espirito em Terra para nos fortalecer quando uma palavra não for aquela que esperamos, quando um gesto não for o que queremos, quando um sentimento não for o que podemos retribuir. Obrigada. Obrigada por me teres contado histórias maravilhosas e obrigado por teres sido a magnifica pessoa que foste e por contruibuires tanto para a educação dos pretinhos de África. Só sei que a partir de hoje não vou desejar a morte em representação do meu estado de deprimida, em vez disso, vou perder o tempo a pensar em como há tanta gente que poderia ter estado no teu lugar naquele estúpido acidente de carro.


Em homenagem à minha querida Marisa ( :

Estado: Beatriz a ler mensagens do telemóvel de Ana Luísa enquanto esta escreve este texto como forma de digerir o que acabou de acontecer.

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